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Correio da Manh? 1968/03/19
M?SICA POPULAR. PAUL MAURIAT MOSTRA A BANDA ? SUA MANEIRA


Paul Mauriat nos deu outros volumes de seus orquestrais, sempre conseguindo manter a boa qualidade e o equil?brio nos arranjos, bem como um evidente bom g?sto na escolha do repert?rio.
Neste volume 4 o ritmo ? o mesmo e, consequentemente, o resultado ? um bom disco.
Entretanto, uma critica severa deve ser feita ao arranjo de Faur? para A Banda, de Chico Buarque de Holanda, igualando o tema na introdu??o a algo parecido a um mambo, seguindo justamente uma tradi??o estrangeira de misturar tudo o que ? feito na Am?rica, sem saber diferenciar um ritmo de outro. O arranjo dividese em partas distintas; uma em que ?le mistura tudo e deturpa inteiramente as caracter?sticas da composi??o de Chico e outra em que a mant?m integralmente.
Fora isso, o disco corre honestamente e tem faixas muito bem estruturadas como Aranjuez - se bem que consideramos muito melhor a grava??o desta composi??o feita por Laurindo de Almeida com o Modem Jazz Quartet, mesmo considerando que os arranjos s?o inteiramente diferentes.
A grande orquestra de Paul Mauriat — n.° 4 — Philips-SLP 199016 — s?rie de luxe — tem no seu lado A: San Francisco (Be Sure to Wear Some Flowers in Your HairJ, (Quando f?r a San Francisco use flores nos cabelosj — J. Philips, arranjo de J. Laurens e G. Aber; Un Monde Avec Tol (The World We Kenew), (O Mundo que conhe-ir.os)— B. Kaempfert, H. Heu-bein, Sigman e Aznavour; La Banda (A Banda] — Chico Buarque de Holanda e D. Faur?; Vivre Pour Vivre (Tema do filme do mesmo nome) — F. Lai e P. Barouh; Aranjuez (do ad?gio do 2.° movimento do conc?rto de Aranjuez) — Joaquin Rodrigo e Vidre.
No lado B est?o: Une Larme Aux Nuages (Uma L?grima nas Nuvens) — S. Adamo; Au Coeur de Septembre (Try to Remember) — Tom Jones, H. Schimidt e E. Marnay; La Derniere Valse (The Last Waltzj — L. Reed, B. Mason e H. Ithier; An Adier — J. P. Cara e J. Dupreh; La Musique (Ang?lica; — B. Mann, C. Well Anngregory; La Reine de Saba — M. Laurent.

Correio da Manh? 1968/03/24

Ningu?m ficou mais espantado com o ?xito mundial de O "Amor e Azul", que o seu autor, Paul Mauriat, musico franc?s, de 48 anos, que at? o momento havia tido um sucesso discreto com suas outras composi??es. Desde que foi lan?ado, o disco j? vendeu quase dois milh?es de c?pias. Mauriat foi convidado para ir aos Estados Unidos, onde fara uma extensa tourn?e e comparecer? ao famoso Ed Sullivan Show. Apesar de o disco se ter transformado em verdadeira mina de ouro. Mauriat vir que vai continuar a acordar ?s 5 da manha, para estudar m?sica, como sempre f?z t?da a sua vida.

Correio da Manh? 1968/09/29
PAUL MAURI AT E PAUL ANKA ENTRE OS QUE CHEGARAM


Paul Maurlat, Don Costa, ?lmer Berstein, Paul Anka, Jay Livingstone, Andr? Popp, Ray Evans, Sammy Cahn, David Rose e Dina Shore foram os concorrentes internacionais que chegaram ontem para o III Festival Internacional da Can??o.
O maestro franc?s Paul Mauriat, declarou, ao desembarcar no Gale?o, que a sua f?rmula para o sucesso que tem alcan?ado com sua orquestra n?o tem segr?do, "pois o que fiz foi combinar a batida forte «ia m?sica americana com a maneira rom?ntica dos latinos e franceses apresentarem suas can??es". Disse, ainda:
O meu interessei por m?sica brasileira moderno, mas bem aut?ntica, assim como a de Edu Lobo. A m?sica do Brasil ? milho rica c oferece grandes vantagens para trabalh?-lo.

Contribui??o
A cantora Dina Shore. depois de explicar que nunca tinha vindo ao Brasil porque nunca f?ra convidado, expressou seu contentamento em conhecer de perto "a terra de Tom Jobim, por quem tenho grande admira??o" e de travar contato com cantores 'e compositores brasileiros.
- Eu sou uma apaixonado da m?sica brasileira e no meu regresso aos EUA vou gravar algumas sele??es que pretendo fazer nesta visita. Paro mim a m?sico brasileiro deu uma grande contribui??o para melhorar ainda mais a m?sica norte-americana atual, que ganhou muito no seu lado mel?dico com a maneiro rom?ntica c suave dos brasileiros comporem, suas can??es. Essa contribui??o foi e tem sido ?limo e a meu ver o resultado tem sido uma excelente combina??o nos arranjos surgidos ?ltimo mente.

Correio da Manh? 1968/09/29
VONTADE DO POVO INFL UENCIA J?RI


Dois membros do j?ri internacional — que escolher? no pr?ximo domingo » can??o vencedora do III FIC —, o sr. Geo Voumard, chefe do Servi?o de Divers?es da Sui?a, parte francesa, e o maestro franc?s Paul Mauriat, afirmaram ontem que o gosto do p?blico ? fator importante para a escolha da melhor can??o, enquanto que para o maestro Paul Mauriat: "uma can??o para Ranhar um festival tem que possuir n?vel art?stico e tamb?m qualidades comerciais".
Tanto o empres?rio dos Beatles, sr. Ron Kass. quanto o sr. Geo Voumard, e o compositor Andr? Popp fautor de L'Amour est Bleu) disseram que o Festival Internacional do Rio ? bastante conhecido no meio art?stico europeu, mas n?o do grande p?blico, talvez por ser novo. Uma exce??o: a Fran?a, onde o p?blico conhece o festival, informou o maestro Paul Mauriat.

Correio da Manh? 1968/10/09
GENTE


Paul Mauriat, outro representante da Fran?a, disse que o p?blico do Maracan?zinho fol simplesmente extraordin?rio. Declarou se um apaixonado pelo Rio de Janeiro. N?o sofreu muito calor apesar de o Maracan?zinho n?o ter sistema razo?vel de ventila??o. Afirmou que a m?sica Caminhando, de Vandr?, ? m?sica simples, mais simples do que Sabi?, de Jobim-Chico, mas esclareceu h? coisas simples que s?o eternas.

Correio da Manh? 1973/01/28
DENTRO DA NOITE


TELEVIS?O — A presen?a dc Paul Mauriat neste domingo, 29 de julho, no Programa Fl?vio Cavalc?nti j? ? marcante. Levando-se em conta que o grande destaque internacional vai lan?ar um LP no Brasil ? ainda mais importante. E se isto n?o bastasse, as m?sicas de seu disco s?o brasileiras. S?o os grandes nomes da MPB galgando mais um passo para a repercuss?o internacional, entre outros, compositores j? consagrados e que reaparecem de forma tamb?m marcante. Durante o Programa Fl?vio Cavalc?nti, al?m de Paul Mauriat, a Banda Veneno do maestro Erlon Chaves vai mostrar como gravou ?s m?sicas inclu?das no LP de Paul Mauriat.


Estado do Paran? 1974/01/26
M?SICA
Artigo de Aramis Millarch


At? hoje a Phonogram j? editou 16 LPs da orquestra de Paul Mauriat, mas cabe a menor das gravadoras brasileiras - a Imagem, do bravo Jonas Silva - o m?rito de lan?ar agora, neste in?cio de 74, o melhor disco j? feito pelo maestro franc?s: "Success de Toujours" (Musidisc-Europe/Imagem, 5048, janeiro-74), um momento realmente m?gico na imensa obra de Mauriat, um dos mais comunicativos m?sicos europeus. Produzido com imensas dificuldades devido ? falta de polietileno (PVC), que sacrifica principalmente as pequenas etiquetas - como a Imagem - Jonas teve enormes dificuldades para conseguir junto ? RCA-Victor, onde prensa os seus discos, uma reduzida quota de mil exemplares para poder lan?ar este disco de Paul Mauriat, que, antecipadamente, j? havia vendido em v?rias cidades. E realmente "Success de Toujours" ?, em nossa opini?o, o melhor momento da orquestra de Mauriat, com nada menos que 24 cl?ssicos da m?sica francesa - em arranjos ricos e deliciosamente repousantes, com efeitos e solos marcantes, numa linguagem musical de extraordin?ria comunicabilidade.

Estado do Paran? 1974/06/16
OS DISCOS DE SUCESSO F?CIL DA PHONOGRAM!
Artigo de Aramis Millarch


Quatro lan?amentos da Phonogram destinados ao consumo imediato, dentro de uma f?rmula tantas vezes utilizada e sempre apresentando bons resultados. Vamos aos registros. AS 10 CAN??ES MEDALHA DE OURO - n?2 (Philips 6325116) Sem a inc?moda parceria com o maestro Erlon Chaves, este segundo volume desta s?rie destinada a prosseguir por muitos n?meros tem condi??es de suplantar a marca do primeiro volume - que vendeu mais de 100 mil c?pias. Gravado em Paris, nos est?dios Des Dames, a orquestra de Paul Mauriat apresenta dentro de seu [estilo] suave e a?ucarado, t?o ao gosto de nosso p?blico, uma sele??o de temas conhecidos, numa embalagem de papel celofane com fitas vermelhas. Mas o importante nesta produ??o ? atingir a sensibilidade da classe m?dia e isto o disco consegue. Faixas: "O Show J? Terminou", "Teimosa", "Folhas Secas", "Joana Francesa", "O Mo?o Velho", "Retalhos de Cetim", "Carinhoso", "Proposta", "Eu S? Quero Um Xod?" e "Ora??o da M?e Menininha".

Estado do Paran? 1975/04/25
MAURIAT E SEUS SUCESSOS
Artigo de Aramis Millarch


H? certos maestros arranjadores que conseguem, em cada ?poca descobrir o exato gosto da classe m?dia e com isso garantir excelentes vendas, para seus elep?s. J? houve a ?poca de Glen Miller, outra de Harry James, depois vieram Ray Conniff, Ray Anthony, Billy Vaughan, Mantovani, Andr? Kostalenetz e Percy Faith. Hoje, o mercado ? de Paul Mauriat, marselh?s, de bom gosto e boas id?ias [harm?nicas], que tem todos os seus discos consumidos avidamente pelo f?-padr?o da m?sica internacional . "Le Premier Pas"(Philips, 635171, mar?o/75), t?tulo do volume 19 da s?rie "le Grand Orchestre de Paul Mauriat", pouco se diferencia dos dezoito t?tulos anteriores: uma sele??o de m?sicas harmoniosas, em arranjos dando destaques especiais [?s] se??es de violino - o forte de qualquer apresenta??o rom?ntica - com m?sicas facilmente consum?veis. Um m?rito, por?m, destaca, Mauriat de outros profissionais regentes de sucessos: o bom g?sto do repert?rio. Ao contr?rio de Conniff, Kostalentz e Faith, Paul Mauriat procura m?sicas novas, lan?a composi??es in?ditas, n?o gigoloteando apenas os sucessos j? comprovados. Embora, evidentemente, seja obrigado a algumas concess?es, como por exemplo, a inclus?o do hit "Chanson por Anna" neste elep?. Outro m?rito do regente franc?s: a discri??o de incluir suas pr?prias composi??es, no m?ximo, com uma m?sica em cada grava??o. Aqui, ele apresenta "Until the End Of My Song", em parceria com V. Coupeau. Outras faixas: "El Bimbo" (COM. Morgan), "Le Premier Pas" (C.M. Schongerb), "14 Ans Les Gauloises" (E. Charden GENTE. Bontempelloi) "Feel Like Makin Love" (E. MacDaniel), "Rock The Boat" (W. Holmes), "Sur Le Chemin de La Vie"(C. Verdier-S. Makhno), "Elise" (PARA. Groscolas M. Joudan), "Alia Souza" (V. Sanson), "Rock Your Baby" (H. W. Casey R. Finch) e "Petite Femme" (Michaele L. P. Sebastian).

Veja 1977/06/15
GENÒÅ

Em 1948, a paraibana Nadia Maria iniciava sua carreira no elenco de radioteatro da rec?m-inaugurada Radio Guanabara do Rio de Janeiro, ao lado de um colega tamb?m estreante, Chico An?sio. E, tal como î amigo, chegou a ser a mais famosa comediante dos anos 50, liderando î programa "A Boate de Ali Âàb? e Seus 40 Ladr?es" na Tupi carioca - onde se encontrava ate agora -, imitando v?rios tipos conhecidos. Recentemente, a dupla voltou a se reunir e î resultado foi î disco "Cuca Fresca", que em um m?s j? vendeu 100 000 exemplares. Nele, Nadia ? "Amaralina", a nova companheira do "Baiano" (Chico An?sio) na dupla Novos Caetanos. Alem das apresenta??es que tem feito com Chico, Nadia pretende ainda estrear um show, escrito especialmente para ela ðîã seu amigo e conterr?neo Paulo Pontes, falecido h? poucos meses.
Quando esteve no Brasil em mar?o ultimo, î musico Art Blackey, considerado î melhor baterista de jazz, dos Estados Unidos e l?der, h? cerca de trinta anos, de um dos mais importantes grupos musicais do mundo, os Jazz Messengers, assistiu a uma apresenta??o, no Rio dc Janeiro, do saxofonista brasileiro Victor Assis Brasil - e gostou muito. Tanto que, dias atr?s, fez-lhe uma proposta irrecus?vel: convidou-o para integrar î conjunto como musico - e, mais que isso, acumulando as fun??es de diretor musical. Victor embarca para os EUA no final do m?s e de l? parte para a ?sia em sua primeira excurs?o.
A cena, transmitida pela cadeia nacional de TV, ficou famosa: durante î ultimo jogo Brasil x Uruguai, em abril do ano passado, î jogador uruguaio Ramirez correu do meio do campo at? a boca do t?nel perseguindo Rivelino, para revidar um tapa. Na semana passada, contratado pelo Flamengo, Ramirez chegava ao Rio de Janeiro disposto a aceitar as desculpas de Rivelino e encerrar î caso - ou prosseguir com a briga. "pois n?o sou covarde". J? na segunda-feira, todavia, os dois se encontraram no campo do Flamengo, riram muito e deram î caso por encerrado - pelo menos por enquanto.
Î consider?vel numero de discos do pianista, maestro e arranjador franc?s Paul Mauriat, vendidos no Brasil (150 000 exemplares em media por LP), deve ter influenciado î tratamento que a gravadora Phonogram tem Ihe dispensado desde que chegou ao Rio de Janeiro, na quarta-feira passada. Com planos de gravar um disco s? de m?sicas brasileiras - entre elas, "O Que Ser?", de Chico Buarque, "S? Iouco", de Dorival Caymmi, e "Qualquer Coisa", de Caetano Veloso, alem de "Mo?a", de Wando, "para atender a todos os gostos" - Mauriat tem feito exig?ncias nada modestas e prontamente atendidas. Um piano Steinway de cauda j? foi instalado em sua su?te no Copacabana Palace e teve todos os seus bord?es, teclas e cordas trocados para que î maestro dedilhe suavemente î precioso instrumento.
Os beijos trocados por Rhett Butler (Clark Gable) e Scarlett O'Hara (Vivian Leigh) no filme ". E î Vento Levou" n?o devem ter sido t?o ardentes. Segundo a recente biografia de Leigh, escrita por Anne Edwards e publicada nos Estados Unidos, Gable tinha mau halito e usava dentadura posti?a. Como se n?o bastassem os percal?os profissionais, î livro descreve, ainda, a dolorosa decad?ncia da atriz, provocada por continuas crises de nervos, que a levavam, entre outras coisas, a gritar palavr?es em p?blico e se entregar a motoristas de t?xis. As depress?es de Leigh teriam destru?do seu casamento com Sir Laurence Olivier e a atormentariam ate sua morte, em 1967.

Indignada, a atriz americana.....

Photo 1: Os Novos Caetanos Chico e Nadia: outra vez juntos
Photo 2: Mauriat no Rio: exig?ncias atendidas
Photo 3: Leigh e Gable: cruel realidade

Estado do Paran? 1977/06/22
MAURIAT-GUIMORVAN, UM ENCONTRO MUSICAL
Artigo de Aramis Millarch


Quando apresentei Airton Guimorvan Moreira a Paul Mauriat, na noite segunda-feira, o maestro franc?s n?o identificou imediatamente o percussionista, hoje o mais importante instrumentista brasileiro no Exterior. Mas bastou 5 minutos de palestra, em ingl?s para que Mauriat lembra-se: - Ah! Sim, ? claro que eu o conhe?o musicalmente. Admiro o seu trabalho desde que ouvi disco com o pianista Chick Corea e o grupo "Roturn To Forever". E um papo musical, muito descontra?do cruzou a noite, prosseguindo no Marito`S onde foram jantar e aplaudir os m?sicos que ali se apresentam. Enquanto Mauriat elogiava os chorinhos, Guimorvan, com a simplicidade e humildade que s? os grandes artistas sabem ter, fazia quest?o de abra?ar Arlindo e Janguito, pois foi ao som do viol?o de 7 cordas e do cavaquinho destes dois velhos e admir?veis m?sicos curitibanos, que o menino Airton Moreira, em 1956, cantou pela primeira vez no programa Cineac-Radio, de Souza Moreno, no audit?rio da R?dio Clube Paranaense 21 anos de depois, hoje aos 36 anos, Airton Guimorvan Moreira ? um m?sico e compositor com mais de 50 elepes gravados nos EUA, que j? viajou por quase todo o mundo e definitivamente comsagrado nos Estados Unidos, onde reside desde 1967.
***
Guimorvan chegou no domingo, inesperadamente, apenas para visitar os seus pais, que moram em Curitiba desde 1956. As outras vezes em que aqui esteve limitou sua estada em menos de dois dias, estendendo agora a perman?ncia, mas j? deve retornar ao Rio, de onde viaja para Los Angeles, pois dia 11 de julho come?a a gravar um novo lp. H? muitos anos que em nossas colunas, tenho registrado, sempre com o maior entusiasmo, a carreira art?stica de Airton Guimorvan Moreira, que come?ando a tocar bateria aos 12 anos, em Ponta Grossa, nunca mais parou. Pela falta de informa??es mais precisas, uma s?rie de dados falsos foram crescendo e agora, finalmente, um longo depoimento gravado com Guimorvan - a ser apresentado em breve no "Domingo Sem Futebol", da r?dio Ouro Verde, serviu para esclarecer a sua biografia. Por exemplo, embora seja catarinense de Itaopolis, considera-se paranaense: com um ano foi morar em Ponta Grossa, de onde s? saiu em 1956, quando, juntos com seus pais e uma irm?, veio morar em Curitiba. Aqui ficou por 4 anos, trabalhando na noite - conjunto e orquestra King`S e orquestra de Osval Siqueira, at? que foi para S?o Paulo., Nova e marcante fase: ap?s 1 ano de dificuldades e 3 trabalho com um conjunto de bailes (Guimar?es), veio a fase do Sambalan?o Trio (com o pianista Cesar Camargo Mariano e baixista Kleber), o Sambrasa (j? com Hermeto Paschoal), a participa??o em festivais - conseguindo o primeiro lugar, como cantor, ao lado de Tuca, ao defender "Porta Estandarte" (Geraldo Vandr?/Fernando Lana) ou j? com o Quarteto Novo (Hermeto Paschoal, Heraldo e Theo de Barros), acompanhando Vandr? em "Disparada" (Vandr?, 1? Lugar no Festival da Record, 1966, dividindo com "A Banda" de Chico Buarque).
***
Depois veio a fase americana, campo amplo e que merece toda uma analise especial - pois ali chegando sem len?o e sem d?lares e tamb?m sem falar ingl?s, a custa apenas de seu talento criatividade honestidade profissional conseguiu ser aceito pelos mais importantes instrumentistas, fazer dezenas de grava??es e firmar-se como um m?sico-compositor ?nico, enquanto que sua esposa, a cantora Flora Purim, h? 3 anos consecutivos ? eleita a "melhor cantora de jazz" pela insuspeita "Down Beat" - a biblia da m?sica contempor?nea. Guimorvan ? mesmo tema para um livro, tal a seguran?a de sua carreira, a vit?ria de suas id?ias de percussionista e compositor, que sem fazer concess?es venceu justamente onde era mais dif?cil - por ser mais competitivo. Como se diz, nos EUA, um artista tem que ser o primeiro para ser o primeiro. O segundo ? nada. ?, em seu campo, na sua faixa, o menino Guimorvan, das noites do King`S Club, que tocava jazz na pra?a Os?rio, junto com Raulzinho, trombonista de vara (que hoje tamb?m est? nos EUA) e outros m?sicos dos anos 50, pode agora escolher os teatros que deseja se apresentar. E o primeiro.
***
Com a mesma simplicidade de, quando menino interiorano, chegou a Curitiba, Guimorvan abra?ou velhos amigos, falou de sua viv?ncia americana. Junto com ele veio a filha de 4 anos, para conhecer os av?s - e, nas poucas horas que saiu da casa dos pais Guimorvan esteve com o seu primo e maior amigo Cupertino Amaral, 44 anos, que sempre o estimulou em sua carreira. Segunda-feira, a noite, no Marito`S, Airton alegrou-se em ouvir o viol?o de Arlindo, o cavaquinho de Janguito, o bandolim de Bento e, principalmente, a flauta m?gica de Alaor, mostrando inclusive suas composi??es, como ? Valsa dos Tolos", parceira com Reinaldinho, um talento maior que Curitiba ainda n?o descobriu.
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Mauriat e Guimorvan s?o m?sicos de estilos e escolas diferentes. Mas o (breve) encontro foi muito produtivo Mauriat elogiou Guimorvan, por sua criatividade e pelas novas linhas sonoras que vem desenvolvendo, em seu trabalho que em 10 anos nos EUA incluiu a participa??o em grupos marcantes, como o de Chick Corea, Miles Davids, Ron Carter, Stanley Clarck, Miroslau Vitous e tantos outros nomes, dos mais importantes, das novas correntes jazzisticos - cada vez mais libertas. Guimorvan n?o tem planos ainda de uma excurs?o art?stica pelo Brasil, embora haja interesse de produtores cariocas em traze-lo para recitais no Rio e S?o Paulo - e, afetivamente, Curitiba.
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O maestro Paulo Mauriat, 51 anos, mostrou al?m de uma vigorosa presen?a f?sica, suportando um extenuante dia de entrevistas e visitas, tamb?m a cordialidade e simplicidade. Falou muito sobre a m?sica que faz, sobre sua carreira, surpreendendo ao informar que, embora tocando piano e regendo desde 1942, s? nos ?ltimos 12 anos, que se fixou em Paris, passou a gravar com orquestra. Alias, Mauriat n?o tem uma orquestra ?nica: nas grava??es - m?dia de 2 lps por ano - s?o arregimentados os melhores instrumentistas, que trabalham com outros regentes famosos (Franck Pourcel, Michel Legrand, Francis La etc. ) e, quando viaja ao Exterior, seleciona um grupo menor - em media 30 m?sicos. H? pouco esteve no Jap?o e, em novembro, volta ao Oriente, para 55 apresenta??es que se estender?, em princ?pios de 1978, at? a R?ssia. Gerald Gambus, seu assistente administrativos, que o acompanha ao Brasil - onde veio gravar um LP, j? quase pronto - diz que n?o houve "condi??es s?rias" para uma temporada da orquestra em nosso Pais. Afora asd despesas de transporte, cada apresenta??o custa cerca de US$ 8 mil d?lares. Al?m da esposa, Mauriat viaja acompanhado de Valentin Coupeau, assistente musical e da sra. Maria Creuza Meza, produtora do setor internacional do Phonogram. Ontem, pelo primeiro avi?o, seguiram para Porto Alegre, onde permaneceram apenas algumas horas. Amanh?, nos est?dios da Philips, na Barra da Tijuca, no Rio o maestro Mauriat volta a reger os m?sicos brasileiros, com o qual est? fazendo este nov novo lp - lan?amento previsto para julho, dia 14, a Data Nacional da Fran?a.

Estado do Paran? 1977/06/19
JG, CADA VEZ MELHOR


A divulga??o C?lia Regina, da Phonogram, montou um organizado programa para o maestro Paul Mauriat, que acompanhado de sua esposa, e de Maria Creuza, da Phonogram-Rio, desembarca amanh? no aeroporto Afonso Pena. As entrevistas foram marcadas com a antecipa??o e o maestro faz quest?o de, havendo tempo, visitar algumas lojas. Disposi??o o homem tem, pois desde o dia 8, quando chegou no Rio n?o parou: est? gravando um lp de m?sicas brasileiras, esteve ontem em Santo Amaro da Purifica??o, na Bahia, na festa de anivers?rio de aria Bethania e na ter?a-feira ir? a Porto Alegre.

Estado do Paran? 1979/04/01
EM TODAS AS ROTA??ES
Artigo de Aramis Millarch


Paul Mauriat, o maestro franc?s, gastou tanto do Brasil, onde esteve em 1977, em viagem apenas promocional, que fez um segundo elep? "Exclusivamente Brasil" (Philips, 9120350), onde o repert?rio ? dos mais desiguais, indo de "Sonhos" at? "O Que Ser?" (Chico Buarque) e "Queredas do Brasil" (Maur?cio Tapaj?s - Aldir Blanc). H? ainda "Amigo" (Roberto-Erasmo Carlos). "Pra Que Chorar" (Baden/Vin?cius), "Foi Assim" (Paulo Andr?/Ruy Barata) etc. Sempre no estilo rom?ntico, agrad?vel - que faz de Mauriat um maestro que est? entre os maiores vendedores de discos da Philips.

Estado do Paran? 1980/04/20
A MELHOR M?SICA COM A GEWANDHAUS E MAURIAT
Artigo de Aramis Millarch


Depois do bel?ssimo - e ?nico espet?culo da melhor m?sica popular brasileira - "Os Caymmi em Concerto", a semana ter? duas grandes orquestras no Guair?o. [Amanh?], inesperadamente - o empres?rio paulista Marcos L?zaro, que, como sempre, s? se decidiu a incluir Curitiba em cima da hora, prejudicando a divulga??o, ali estar? a orquestra de Paul Mauriat, um dos mais conhecidos regentes da atualidade. J? na quinta-feira, 24, a Gewandhaus Orchester, de Leipzig, sob reg?ncia de Kurt Masur, numa promo??o que s? se tornou poss?vel gra?as a soma dos esfor?os da Pr?-M?sica e Funda??o Teatro Gua?ra, devido ao alto custo da produ??o: US$ 25 mil d?lares. Paul Mauriat esteve no Brasil j? algumas vezes - h? tr?s anos, passou um dia em Curitiba, junto com sua esposa, promovendo um de seus 27 discos que a Polygram lan?ou at? hoje em nosso mercado, sempre com imenso sucesso. Agora, motivado pela realiza??o de um terceiro elep? exclusivamente com m?sicas de autores brasileiros, Mauriat trouxe 18 m?sicos estrangeiros, de sua orquestra, que somados a 21 brasileiros, iniciou dia 11, no Anhembi, uma temporada, que prossegue amanh? em Curitiba, num ?nico concerto, inclui duas noites no Hotel Nacional (24 e 25) e encerra dia 26, em Sorocaba, SP. Pianista, arranjador e maestro, Paul Mauriat conseguiu encontrar um estilo suave e agrad?vel, fazendo com que suas grava??es tenham aceita??o em todo o mundo a partir dos anos 60. Numa ?poca de tanto "hard sound", onde o eletr?nico substitui o ac?stico, as cordas bem arranjadas por Mauriat, um pianista de toques precisos, faz com que todas as m?sicas que seleciona seus discos - ou apresenta??es da orquestra, produzam uma grande sensa??o de paz e encantamento. Sobre a [Gewandhaus] Orchester, de Leipzig, basta dizer que se trata de uma das melhores do mundo, o que entusiasmou o engenheiro Eduardo Garcez Duarte, presidente da Pr?-M?sica, para fazer todos os esfor?os e conseguir a sua apresenta??o em Curitiba. Com mais de 100 m?sicos do primeiro n?vel, um repert?rio cl?ssico, a [Gewandhaus] vindo a Curitiba d? prosseguimento ? pol?tica que a PMC tra?ou h? 17 anos, quando foi fundada por um grupo de entusiastas - e que teve em Aristides Severo Athayde seu primeiro presidente - em proporcionar grandes espet?culos. Quando um med?ocre show com um cantor como Roberto Carlos tem ingressos a Cr$ 800,00 e seus empres?rios fazem exig?ncias rid?culas (como h? de que nos camarins fossem colocados litros de u?sque, dezena de d?zias de cerveja e at? um vaso com cravos vermelhos e brancos para "o Rei"), ? admir?vel sentir o profissionalismo e a seriedade da orquestra de Kurt Masur: exceto o cachet - alto sem d?vida, mas h? de que se considerar a qualidade dos m?sicos, a tradi??o da orquestra, seu deslocamento da Rep?blica Democr?tica da Alemanha etc. - nada mais ? imposto. Kurt Masur considera Norton Morozowicz, 35 anos, curitibano, um dos melhores flautistas do mundo e, oficialmente, j? o convidou para se integrar, na hora em que ele desejar, na Gewandhaus Orchester, de Leipzig. Primeiro flautista da Sinf?nica Brasileira - atualmente em sua temporada comemorativa aos 40 anos - Norton vai tentar vir a Curitiba, 5? feira, para assistir a apresenta??o da Gewandhaus. De momento, n?o pensa em aceitar o convite para se transferir ao Exterior. Gostaria, mesmo, ? de ficar aqui, ser prestigiado em sua terra. Ali?s, lembramos mais uma vez: dia 24, Thadeo Morozowicz, mestre e pioneiro da dan?a no Paran?, completa 80 anos. ? injusto que n?o haja nenhuma homenagem oficial a um homem que dedicou toda sua vida a esta arte no Paran? e hoje tem seus filhos no Exterior, promovendo o nosso Estado: com uma magra bolsa de estudos (8cada vez mais apertada devido a infla??o), Henrique Morozowicz - que assina suas composi??es como "Henrique de Curitiba", faz doutorado na Cornell University, e Milena viaja hoje para Montevid?u, onde o seu grupo representar? o Brasil, no Encontro de Dan?a do Rio da Plata. Milena e tr?s disc?pulas - Clionise de Barros, Maria do Rocio Infante e Maria Elisa Chueire - ali estar?o, na noite de 24, no audit?rio da Alian?a Cultural Uruguai-Estados Unidos, fazendo dois n?meros: um sobre "tr?s pe?as conseq?entes de Henrique de Curitiba" e um improviso, dentro de uma t?cnica que Milena vem desenvolvendo - e que levou a ser escolhida, pela core?grafa Helba Nogueira, presidente do Conselho Brasileiro de Dan?a, a representar o Brasil no encontro de Montevid?u.

Photo: Juurt Masur: convite

Estado do Paran? 1980/05/11
ORQUESTRA
Artigo de Aramis Millarch


Com Paul Mauriat repete-se o marketing que, no passado, j? atingiu outros maestros-arranjadores: dezenas de elep?s em cat?logo, um p?blico sempre crescente. E, mais astucioso que Ray Coniff, Andr? Kostalentz, Billy Vaughan, Mantovani, e outros maestros de popularidade, Mauriat tem vindo ao Brasil, constantemente, sendo que d? ?ltima vez, h? algumas semanas, com alguns m?sicos somados aos brasileiros, gravou o terceiro elep? da s?rie «Exclusivamente Brasil», elevando para mais de 30 seus discos no mercado. Em mar?o havia sa?do o volume 27 da s?rie «A Grande Orquestra de paul Mauriat», com sucessos do momento como «Song for gay», «Aersong», «Monday tuesday...laissez-noi dancer», «Ships» etc. Agora, neste «Exclusivamente Brasil», gravado no Rio, Mauriat inclui m?sicas das mais comerciais, poss?veis atingirem , n?o s? ao p?blico brasileiro, mas de outros pa?ses - inclusive a Fran?a - onde o disco sai, obviamente. Assim temos «? Preciso Muito Amor» (Noca da Portela - Ti?o de Miracema), «Na Paz do Seu Sorriso» (Roberto-Erasmo Carlos), «Mania de Voc?» (Rita Lee - Roberto de carvalho). Mas h? tamb?m temas representativos, como «Estrada do Sol» (Tom/Dolores Duran), «Gostoso Veneno» (Wilson Moreira - Nei Lopes), «Estrela Radiante» (Walter Queiroz). «Come?ar de Novo» (Ivan Lins/Victor Martins) e at? uma m?sica do bom baiano Nelson Rufino: «Vazio» (Est? falando Uma Coisa Em Mim»).

Photo 1: A Grande Orquestra de Paul Mouriat
Photo 2:  Peaches & Herb Peaches & Herb
Photo 3: (?)
Photo 4: (?)

Estado do Paran? 1988/11/16
REEDI??ES
Artigo de Aramis Millarch


A Polygram ? uma das gravadoras que est? dando maior aten??o as reedi??es. Afinal, em ?poca de recess?o e com a vendagem dos discos caindo, nada melhor do que apostar no seguro. Assim, recolocar no mercado aqueles discos que venderam bem e cuja produ??o est? paga, n?o deixa de ser uma op??o. Assim ? que com o selo "fora de s?rie/matriz original", reaparece "As 10 can??es medalha de ouro", produzida h? 8 anos passados, em iniciativa do ent?o todo poderoso homem de TV Fl?vio Cavalcanti. Em seu programa dominical, Fl?vio escolheu as 10 mais belas m?sicas de 1972. E com grava??es distribu?das entre a orquestra de paul Mauriat, em Paris, e numa orquestra arregimentada por Erlon Chaves (1933-1974) foi realizado um ?lbum dos mais promovidos h? 7 anos passados. E a experi?ncia de gravar m?sicas brasileiras animaria a Mauriat, que por 4 vezes voltaria ao Brasil e faria j? dois outros elepes exclusivamente com m?sicas brasileiras. "As 10 can??es Medalha de Ouro", de 72, foram as seguintes: "Casa no Campo" (Z? Rodrix/Tavito), "Amada Amante"(Roberto Erasmo Carlos), "Presepada"(Antonio Carlos - Jocafi), "Naquela Mesa" (S?rgio Bittencourt), "Viagem" (Jo?o de Aquino/Paulo Cesar Pinheiro), "Dona Chica"(Dorival Caymmi), "Aguas de Mar?o" (Tom), "Como 2 e 2" (Caetano Veloso), "Constru??o" (Chico Buarque) e "Testamento" (Toquinho/Vinicius).

Estado do Paran? 1985/01/20
SUAVEMENTE...
Artigo de Aramis Millarch


? t?o reduzida a edi??o de discos orquestrais no Brasil que Paul Mauriat ocupa um lugar seguro. Habilidoso arranjador, com o feeling para oferecer ao p?blico as m?sicas de destaque de cada semestre em suaves ornamenta??es, Mauriat ?, h? pelo menos dez anos, dono de uma faixa de consumidores que, no passado, garantia o ?xito das orquestras de Mantovani, Billy Vaughan, Ray Connifff, Andr? Kostalenetz e outros. Entretanto, neste "The Seven Seas" (Philips/Poligram, novembro/84) nos deparamos com um Paul Mauriat bem mais gabaritado do que a s?rie comercial?ssimia que vinha fazendo – inclusive com apela??es na inclus?o de m?sicas brasileiras. Explica-se: n?o se trata de um ?nico disco, mas sim uma compila??o e montagem que Cidinho Cambalhota fez com base em diferentes discos, da? resultando um repert?rio de n?vel, que abre com um dos mais belos temas cinematogr?ficos – "Against All Odds"( Phil Collins), do filme "Paix?es em F?ria" e prossegue com composi??es de Elton John ( "Sad Songs"), McCartney ("So Bad/Pipes of Peace/Say Say Say"), Jin Steinman ("Making Love Out of Nothing at All"), Gazebo ( "I Like Chopin"), Lionel Ritchie ("Hello"), entre outros. O pr?prio Mauriat – compositor nem sempre dos mais inspirados – comparece com duas faixas no m?nimo agrad?veis: "The Seven Seas"e "You Flew Into My Life". Sonoramente agrad?vel e profissionalmente correto. Se Mauriat tem, ao longo de sua carreira, evolu?do – embora sem abandonar os esquemas mercadol?gicos que lhe garantem aquela colhida tranq?ila, Herb Alpert parece pensar que o p?blico n?o se renova em suas exig?ncias. Ao menos ? a impress?o que se tem ao ouvir "Bullish" (A&M/CBS), no qual o som da Tijuana Brass ? no mesmo esquem?tico standard de quase 20 anos passados.

Estado do Paran? 1988/05/01
Gel?ia Geral
Artigo de Aramis Millarch


Pianista, compositor e maestro, o franc?s Paul Mauriat ocupa hoje um espa?o que, no passado, j? pertenceu a Ray Connif, Billy Vaughen, Lawrence Welk e, especialmente a Matovani: a m?sica orquestrada. Com 20 anos de presen?a regular (a partir do ?xito que "Love Is Blue" obteve com 5 milh?es de c?pias vendidas), Mauriat, astutamente, tem buscado fazer discos regionais, o que inclusive o levou a ter v?rias temporadas no Brasil. Agora em um novo disco ("Nagekidori", Polygram), Mauriat une-se a outro "sucess maker", o flautista romeno George Zamfir - cujo sopro rom?ntico tem entusiasmado o p?blico brasileiro e cuja participa??o inicia logo na faixa de abertura ("L'Oiscau Bless?"). Melodias l?ricas (como "On My Own", do musical "Os Miser?veis", de Kretzner e Schonberg), Paul Mauriat traz um repert?rio de f?cil empatia, destacando-se com o hit "Didn't We Almost Have It All", sucesso da cantora Whitney Houston. Um disco de sucesso certo - no qual Mauriat substitui at? as cordas em alguns momentos como "Black to Pyramids", utilizando um sintetizador para um clima pretensamente m?stico".

Estado do Paran? 1985/11/10
NELSON, O COUNTRY COM BOA PARCERIA
Artigo de Aramis Millarch


Paul Mauriat tem de usar de toda a imagina??o para suprir a exig?ncia do mercado. Seu p?blico exige semestralmente um novo elep? orquestrado e nem sempre h? tempos para reunir produ??o recente - ou a mesma n?o tem a qualidade que o exigente e astuto regente franc?s exige. Uma f?rmula ? ir aos cl?ssicos. E foi o que Mauriat fez este ano, resultando "Classics In The Air" (Philips/Polygram), no qual ele deu arranjos populares, suaves e facilmente consum?veis a temas de Bach, Packelbel, Beethoven, Rossini, Liszt, Verdi, Beethoven, Brahms e naturalmente Mozart (trecho da Sinfonia n? 40). A utiliza??o de cl?ssicos em arranjos populares n?o constitui novidades e, c? entre n?s, ? uma forma democr?tica de divulgar a chamada "m?sica dos grandes mestres". Os conservadores e elitistas cultores apenas do erudito talvez tor?am o nariz, mas Mauriat est? na sua: faz mais um disco para vender bem junto ao seu p?blico e apresenta belos temas. Afinal, entre o lixo internacional que tem surgido e os arranjos de temas como esses, achamos que monsieur Mauriat est? certo...

Estado do Paran? 1986/08/31
GEL?IA GERAL
Artigo de Aramis Millarch


M?sica orquestrada tem p?blico? Esta pergunta deve estar sempre na cabe?a dos homens de marketing das gravadoras, haja vista que se no passado havia orquestras de p?blico cativo - Andr? Kostelanetz, Billy Vaughan, Lawrence Welk, Ray Conniff, entre tantas, hoje este mercado parece ter reduzido. Mas h? alguns nomes-totem, que resistem, e um deles ? o franc?s Paul Mauriat, que com uma f?rmula de f?cil consumo, muitas cordas e repert?rio up to date de acordo com as paradas de sucesso, sempre vende certo em muitos pa?ses - especialmente no Brasil, onde j? esteve v?rias vezes e cujo repert?rio tem inclu?do em seus sazonais discos. "Windy" (Polygram), seu novo lp repete o esquema de sempre - tr?s composi??es pr?prias ("Windy", "Waiting" e "Day After Day") e standards garantidos ("Nikita", de Elton John; "Part-Time Lover", de Stevie Wonder; "Say You, Say Me", Lionel Ritchie) etc.

 

e-mail: mail@paulmauriat.ru


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