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Fatos e photos 1973/08/13
UM TOQUE FRANCÊS NO NOSSO SOM
Reportagem de Marco Cardona
Foto de Peter Schneider


Paul Mauriat, um artista famoso, cuja média de vendagem é de 400 mil discos, declara: "A música brasileira é a mais importante"

Durante a semana em que esteve no Brasil, ele ficou tão entusiasmado com nossos artistas que não perdeu um só show em cartaz. Só o de Taiguara, viu cinco vezes. "Taiguara é sensacional. Não o conhecia, mas agora pretendo gravar suas músicas."

Os acordes da música popular brasileira e sua estrutura são superiores à européia. O som brasileiro é mais rico e complexo. Tenho certeza de que dentro de alguns anos o mundo inteiro viverá uma fase de domínio da MPB, a exemplo do que ocorre atual-mente com a música inglesa. Apenas questão de tempo. Acho que a música de determinado país é como um time de futebol. Ambos têm sua fase de ouro e de sucesso. Mas também a fase má. Hoje vivemos a fase inglesa. Houve, porém, uma época em que músicos e cantores franceses e italianos dominaram o mundo musicalmente. O domínio brasileiro virá. Só espero que seja eu a descobri-lo para os povos.

Uma orquestra muito conhecida
Quem fala assim é o maestro francês Paul Mauriat, um dos artistas mais populares da França e da Europa, onde todos os seus LPs atingem vendagens superiores a 400 mil cópias no mercado, em que ele se firmou com' um som característico, inconfundível, dando um tratamento leve e romântico às canções. Esta semana, Paul Mauriat esteve em visita ao Brasil, promovendo o lançamento de mais um LP, gravado conjuntamente com o maestro brasileiro Érlon Chaves, em Paris e no Rio. O disco, lançado através da Phonogram, reúne as dez canções que mereceram a Medalha de Ouro de 1972, do Programa Flávio Cavalcânti, em escolha feita por um júri especial de jornalistas.
Das dez músicas escolhidas, Paul Mauriat selecionou cinco e gravou-as com sua orquestra no estúdio Des Dames, em Paris, em apenas nove dias: Viagem (de João de Aquino e Paulo César Pinheiro), Naquela Mesa (Sérgio Bittencourt), Casa no Campo (Tavito e Zé Rodrix), Presepada (Antônio Carlos e Jocáfi) e Amada Amante (Erasmo e Roberto Carlos).
Enquanto Paul Mauriat trabalhou sobre a beleza das melodias e seu lado romântico, o brasileiro Érlon Chaves, de características totalmente diversas, procurou em suas cinco canções valorizar a parte rítmica e sobretudo as letras, utilizando vozes humanas em coro. Gravou Dona Chica (Dorival Caimi), Águas de Março (Tom Jobim), Como 2 e 2 (Caetano Veloso), Construção (Chico Buarque) e Testamento (Toquinho e Vinícius).
Também no Brasil a orquestra de Paul Mauriat é bastante conhecida e seus discos vendem em média 50 mil cópias, o que pode ser considerado uma prova de popularidade no mercado nacional. Ele se diz um velho amigo e admirador da MPB e se mostrou muito entusiasmado com o novo LP:
- Gosto muito da MPB. Sou um admirador em potencial. Seus compositores e músicos são
muito ricos na parte instrumental e têm um som todo especial. Admiro Baden Powell, particularmente, mas inúmeros outros merecem destaque, como Tom Jobim e Vinícius; Toquinho, Jorge Ben, Edu Lobo, Caetano Veloso e Chico Buarque; Elis Regina e Roberto Carlos.

Durante sua visita ao Rio, Paul Mauriat assistiu a vários shows. Mas um o conquistou, atraindo toda a sua atenção: o de Taiguara, na boate Pigalle:
- Taiguara é sensacional. Eu não o conhecia, mas agora pretendo gravar suas músicas. Assisti a seu show cinco vezes e descobri um artista espetacular.

Photo 1
O famoso artista francês trouxe sua mulher, Irene Mauriat, para conhecer o Brasil e a musica brasileira

Photo 2
Paul Mauriat e Erlon Chaves, que gravaram, entre outras músicas, Aguas de Março, de Tom Jobim


 

 

e-mail: mail@paulmauriat.ru


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